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Morte de jogador com arritmia alerta para cuidados com exercícios físicos

A tragédia envolvendo Juan Izquierdo ressalta a necessidade de monitorar constantemente os batimentos cardíacos durante a prática de exercícios físicos.

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 Juan Izquierdo morreu aos 27 anos/Reprodução

A prática regular de exercícios físicos é fundamental para a manutenção de uma vida saudável, mas para quem possui arritmia cardíaca, essa rotina exige atenção redobrada. A recente morte do jogador uruguaio Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos, durante uma partida da Copa Libertadores em São Paulo, trouxe à tona a gravidade dessa condição. Izquierdo, que passou mal durante a partida, foi levado à UTI com um quadro de arritmia, mas cinco dias depois não resistiu e veio a óbito.

O assuntou chamou a atenção pelo fato da idade jovial do jogador uruguaio e experiência no mundo esportivo. A tragédia envolvendo Juan Izquierdo ressalta a necessidade de monitorar constantemente os batimentos cardíacos durante a prática de exercícios físicos, especialmente quando o quadro clínico evidenciado diz respeito a uma arritmia cardíaca.

O fato é que, será se mesmo um jogador que possui experiência no mundo dos esportes, especialmente no contexto do futebol, que requer um alto condicionamento físico, é necessário ter cuidados redobrados com a saúde física? A arritmia cardíaca, irregularidade dos batimentos cardíacos, pode ser silenciosa. Pessoas que sofrem com a enfermidade precisam redobrar os cuidados, caso contrário a falta de orientação adequada pode ser fatal.

Especialista explica os cuidados

Para quem tem arritmia cardíaca, é vital consultar um cardiologista antes de iniciar ou continuar qualquer rotina de exercícios. Em entrevista ao programa Bom Dia News, da O Dia TV, o médico cardiologista Carlos Eduardo Lima destaca que em muitas situações a problemática já pode estar com o paciente, muito antes mesmo da prática esportiva.

“Felizmente esses eventos são raros. Você perceber que, dentro do esporte oficial, o último que aconteceu assim foi há 20 anos com o jogador Serginho, do São Caetano. Será se a pessoa deixou de fazer algo? Muitas vezes não. Boa parte desses problemas de pessoas que morrem subitamente durante o exercício físico tem doenças genéticas, são cardiopatas, mas se bem avaliadas elas podem ser identificadas precocemente”, disse.

Apesar dos riscos, pessoas com arritmia cardíaca não precisam abandonar totalmente a prática de exercícios, como explica o especialista.

“As pessoas não precisam ter medo de fazer exercício físico. A prática esportiva, de uma maneira global, ela é benéfico para o corpo. Ela previne doenças cardiovasculares, reduz o risco da pessoa ter AVC, infarto, melhora o condicionamento físico, a qualidade de vida, autoestima. Então, o exercício físico deve ser recomendado. O que deve ser feito é uma avaliação médica antes de começar a fazer os exercícios físicos para não se colocar numa situação de risco”, relata.

O médico cardiologista explicou ainda que há casos de arritmia cardíaca que podem ser controladas com o uso de medicamentos, proporcionando uma vida saudável para a prática de exercícios. Entretanto, há outras, como o caso do jogador Izquierdo, que vão demandar de cuidados específicos.

“O exagero é dizer que do benefício colocado em dizer que a pessoa não vai ter problema algum. Sempre existe a possibilidade de algum problema, principalmente se a pessoa não identificou uma doença antecipada. Muitas vezes se foca no diagnóstico da arritmia cardíaca, mas na maioria das vezes essas arritmias são benignas. Algumas delas vão precisar do auxílio de medicamentos, mas há outras mais complexas, como a do jogador, essas sim devem ser combatidas”, afirma.

O ambiente em que o exercício é realizado também pode influenciar significativamente o risco de problemas para pessoas com arritmia. Confira outras recomendações:

  • Monitoramento constante dos batimentos cardíacos;
  • Evite exercícios de alta intensidade;
  • Escolha de exercícios adequados;
  • Hidratação adequada;
  • Alimentação balanceada;
  • Conheça seus limites;
  • Reavaliações regulares.

Diante disso, respeitar os sinais que o corpo dá é fundamental. Qualquer desconforto, dor no peito ou falta de ar durante a prática de exercícios deve ser um sinal para parar imediatamente e procurar assistência médica.

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Fonte: Portal O Dia

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