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Por unanimidade, o partido Progressistas (PP) decidiu expulsar o deputado Marden Menezes

O deputado Marden Menezes disse que recebeu com tranquilidade a notícia da sua expulsão do PP, mas afirmou que a decisão não tem fundamentação legal.

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 Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Atualizada às 12h40

A executiva estadual do partido Progressistas (PP) decidiu, nesta segunda-feira (17), expulsar o deputado estadual Marden Menezes por infidelidade partidária. Marden aderiu à base governista, junto com mais dois parlamentares, Bárbara do Firmino e Thales Coelho, o PP decidiu não expulsar Bárbara e Thales neste momento. A sigla retirou os processos de pauta e negociará com os dois uma carta de anuência para uma desfiliação sem litígio. A medida mais dura atingiu mesmo o deputado Marden Menezes.

Os três parlamentares aderiram à base governista em 2023 e 2024.

A infidelidade partidária se dá quando um político não observa as diretrizes da agremiação à qual é filiado ou abandona o partido sem justificativa. No caso dos três deputados filiados ao PP eles não observaram as diretrizes do partido, ao deixar a oposição e declarar apoio ao governador Rafael Fonteles. Além disso, os deputador aderiram à campanha de candidatos a prefeito, na Capital e no interior do Estado, apoiados pelo Palacio de Karnak na eleição de 2024.

A primeira a ir contra a determinação do PP foi a deputada Bárbara do Firmino (PP), chegou a ser pré-candidata ao Palácio da Cidade, ao lado de Silvio Mendes (União Brasil) e de Luciano Nunes (PSDB), mas retirou o seu nome da disputa e aderiu a pré-candidata de Novo, em outubro de 2023.

Já Marden Menezes aderiu à pré-candidatura do petista em fevereiro de 2024, após meses de especulação sobre a sua saída da oposição do governador Rafael Fonteles (PT).

O médico Thales Coelho decidiu deixar a oposição em novembro de 2024, após o pleito eleitoral. Na eleição para prefeito ele apoiou o também médico Pablo Santos (MDB), em Picos, indo contra a determinação do seu partido que tinha candidato próprio na disputa, Gil Paraibano. Ele foi o terceiro deputado do PP a deixar a oposição e declarar apoio ao Palácio e Karnak.

O deputado Marden Menezes disse que recebeu com tranquilidade a notícia da sua expulsão do PP, mas afirmou que a decisão não tem fundamentação legal.

"Essa é uma decisão que foi tomada a margem de qualquer princípio ético, legal e razoável. Se fosse no Direito, num processo judicial, é o que nós chamamos de processo inepto, que é quando você não tem nenhum dispositivo legal que tenha sido infringido, e nenhum fato, nenhuma prova e nada de concreto contra alguém e você pede uma punição para essa pessoa e isso foi dado sem fundamentação fática, legal ou estatutária", disse.

O parlamentar afirmou ainda que vinha sofrendo perseguição dentro do partido já há alguns meses.

"Essa perseguição de ordem pessoal já estava clara nos últimos meses, nas últimas semanas. Infelizmente, uma instituição está sendo levada por questões de algumas pessoas ligadas a cúpula dessa instituição que desenvolveram algum problema de ordem pessoal contra a minha pessoa e, lamentavelmente, a instituição está sendo levada a participar de uma perseguição de cunho pessoal. Diante dessa situação eu vou continuar o meu trabalho, normalmente, aqui na Assembleia, desenvolvendo as nossas ações, participando de tudo aquilo que for importante para o Piauí, dos projetos que sejam de interesse da nossa população. Vou continuar o meu dia a dia, normalmente, não há nenhuma mudança na minha maneira de ser e no meu cotidiano", finalizou.

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Fonte: Elivaldo Barbosa, Adriana Magalhães e Lívia Pessoa

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