O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no Brasil da nova cepa 1b do vírus Mpox, conhecido também como Monkeypox. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente na região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar que retornou da República Democrática do Congo, país onde a doença está em surto.
Em nota, o Ministério da Saúde explicou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O resultado indicou que a cepa encontrada é muito próxima àquelas identificadas em outros países.
A paciente encontra-se em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, um centro especializado no tratamento de doenças infecciosas, e está evoluindo bem em relação ao seu quadro clínico.
Ainda segundo a pasta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre o caso, e o Ministério, em conjunto com as secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço na vigilância epidemiológica e no acompanhamento de contatos da paciente. Em agosto de 2014, a OMS declarou que a doença é uma emergência de saúde pública internacional.
Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados.
A doença
Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
Entenda
A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.
Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul.
Com informações da Agência Brasil
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Fonte: Portal O Dia
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