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As reclamações dos presos do 8 de Janeiro: maus tratos, tortura e tentativas de suicídio

Associação que reúne familiares dos presos encaminhou denúncia ao Congresso e cobra ações de entidades de defes.

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 Manifestantes sobre a rampa do Palácio do Planalto, com o STF ao fundo -  (Hugo Marques/VEJA)

A Associação dos Familiares e Vítimas de 08 de Janeiro (Asfav) — data em que vândalos invadiram e depredaram os prédios Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal — preparou um dossiê para denunciar o que considera violações em série aos direitos humanos.

A entidade entregou à Câmara dos Deputados um documento catalogando 59 ofícios enviados nos últimos dois anos para órgãos do governo e entidades que historicamente defenderam os direitos humanos no país — a maioria sem resposta.

A Asfav relata casos de tentativas de suicídio, má qualidade da alimentação, distribuição de água suja, falta de banheiro e material de limpeza.

A defensora pública Emmanuela Saboya, que acompanha os processos, confirma que há problemas no atendimento aos presos. O trabalho dela é verificar se os presídios possuem condições sanitárias e de saúde adequadas, alimentação, banhos de sol, lotação de celas e itens que os presos recebem. “Eles pedem ajuda principalmente em relação à questão de direitos humanos”, diz. “Muitos que foram preso.

Defensoria Pública do DF confirma denúncias de tortura

Além dos idosos, a defensora afirma que muitas mães com filhos pequenos foram levadas para os presídios femininos. São, segundo ela, mulheres quese dizem inocentes e que não teriam participado do quebra-quebra.

Emmanuella conta que no primeiro Dia das Mães após as prisões havia uma preocupação muito grande com seis mulheres que passavam por uma situação de depressão profunda. “As policiais penais fizeram turnos para observar essas mulheres, com medo que tirassem a própria vida. Já houve tentativas de suicídios”.

A defensora pública também informa ter recebido duas denúncias de tortura. Os casos foram remetidos à Vara de Execuções Penais para investigação. Os processos são sigilosos.

Os documentos enviados pelas famílias estão sendo analisados pelo gabinete do líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS). A ideia é criar uma comissão externa para apurar as denúncias.

 

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Fonte: Agência Brasil

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