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Cirurgião acusado de abusar de 299 crianças começa a ser julgado na França

Maioria das agressões aconteceu enquanto pacientes estavam sedados; Joel Le Scouarnec admitiu maioria das acusações.

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 Joel Le Scouarnec, de 73 anos, é acusado de agredir ou estuprar 299 crianças | Reprodução

O cirurgião Joel Le Scouarnec, de 74 anos, começou a ser julgado em Vannes, no noroeste da França. Ele é acusado de agredir ou abusar sexualmente de 299 crianças, a maioria delas ex-pacientes, enquanto trabalhava no sistema de saúde francês – entre 1989 e 2014. Este é o maior julgamento de pedofilia da história do país.

Le Scouarnec está preso desde 2017, quando foi detido sob suspeita de estuprar suas duas sobrinhas e outras duas crianças – uma delas ex-paciente. Ele foi considerado culpado pelos crimes em 2020, e condenado a 15 anos de prisão.

Le Scouarnec trabalhou como cirurgião em diversos hospitais na Bretanha e no oeste da França, muitas vezes operando crianças com apendicite. Após ser condenado em 2020, a polícia realizou uma vistoria em sua casa e descobriu uma coleção de bonecas, imagens de abuso infantil e um diário, no qual o cirurgião registrou os abusos.

Os nomes das vítimas que estavam listados no caderno foram cruzados com os registros hospitalares pelos policiais. Ao serem contactados, alguns dos ex-pacientes do cirurgião, agora adultos, afirmaram que se lembravam dos abusos, enquanto outros se disseram surpresos pela descoberta, já que estavam sob efeito de sedação.

Os relatos resultaram no novo julgamento, no qual Le Scouarnec enfrenta mais de 100 acusações de estupro e mais de 150 acusações de agressão sexual. Segundo a defesa do cirurgião, ele admitiu “a grande maioria” das acusações, dizendo que fez “coisas horríveis” e que estava pronto para assumir a responsabilidade por suas ações.

Denunciado em 2000

Le Scouarnec chegou a ser denunciado no início dos anos 2000 pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI), que alertou as autoridades francesas que o cirurgião estava acessando sites de abuso infantil. Ele foi condenado a quatro anos de prisão, mas não perdeu a licença para trabalhar com crianças.

 

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Fonte: SBT News

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