A partir desta segunda-feira (4), o Banco Central (BC) deu início ao uso do Pix por aproximação no Brasil. Agora, consumidores podem realizar transferências e pagamentos apenas aproximando o celular da maquininha de cartão, uma nova funcionalidade que facilita ainda mais o uso do sistema de pagamento instantâneo que já virou rotina no país.
Como funciona o Pix por aproximação?
A tecnologia permite que o usuário realize pagamentos sem precisar digitar a chave Pix ou escanear um QR code, bastando aproximar o celular da maquininha. Essa função opera via NFC (Near Field Communication), a mesma usada em cartões contactless, e exige apenas que o dispositivo tenha esse recurso ativado.
Instituições financeiras com maior volume de operações de pagamento, como o Banco do Brasil e a Cielo, começaram a implementar a novidade em outubro, com um projeto-piloto em estabelecimentos de Brasília e São Paulo. Para pagamentos de até R$ 200, o usuário só precisa abrir o app do banco, selecionar a opção “Pix por Aproximação” e fazer a autenticação. Valores maiores exigem a digitação de uma senha, aumentando a segurança da transação.
O BC definiu uma implantação gradual: a partir de hoje, instituições responsáveis por 99% das operações de iniciação de pagamento devem oferecer a funcionalidade. Para outras instituições, a obrigatoriedade passa a valer apenas em janeiro de 2026, permitindo que se adaptem à tecnologia necessária para a operação via NFC.
Mudanças nas regras do pix para aumentar a segurança
Além do Pix por Aproximação, outras mudanças entraram em vigor com foco na segurança dos usuários:
1. Limitação de transferências para novos dispositivos: Transferências feitas a partir de dispositivos que nunca realizaram Pix têm um limite de R$ 200 por transação e de R$ 1.000 no total diário. Para valores maiores, é preciso cadastrar o novo aparelho junto à instituição financeira.
2. Cadastro de dispositivos: A nova regra vale apenas para dispositivos ainda não usados para o Pix. Quem já utiliza o serviço em um dispositivo específico não será afetado, exceto se mudar de aparelho ou chave.
3. Aprimoramento da segurança: Instituições financeiras agora devem reforçar o gerenciamento de fraudes, identificando transações suspeitas que fogem do padrão de uso dos clientes. A ideia é reduzir riscos em operações atípicas.
4. Informação ao cliente: Bancos e instituições de pagamento devem orientar os clientes sobre medidas de segurança contra fraudes e realizar uma verificação semestral de ocorrências de fraude nos sistemas do BC.
5. Medidas preventivas contra fraudes: Em casos de suspeita de fraude, os bancos podem adotar ações preventivas, como aumentar o tempo de confirmação de algumas transações e até bloquear preventivamente transações recebidas.
Pix Automático será implementado a partir de 2025
Outra novidade esperada é o Pix Automático, previsto para ser lançado em junho de 2025. Essa função permitirá que os usuários autorizem cobranças recorrentes, como contas de água, luz e assinaturas, diretamente pelo app do banco. Com isso, o valor será debitado automaticamente em cada vencimento, sem necessidade de confirmação manual em cada transação.
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Fonte: Portal O Dia
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