Uma mulher foi condenada a 100 anos de prisão nos EUA por espancar outra até a inconsciência e cortar seu feto, de 7 meses, do útero a faca.
Dynel Lane, uma americana de 34 anos, enganou Michelle Wilkins, de 26, em março de 2015, para levá-la ao porão de sua casa em Longmont, no Colorado. Ela havia anunciado no site Craiglist, dizendo que tinha sofrido um aborto espontâneo e tinha roupas de bebê novas para doar.
Lane espancou Michelle até a inconsciência no porão e usou facas para cortar o feto (uma menina, que se chamaria Aurora) da barriga dela. Ela então pegou o bebê, já morto, e foi a um hospital, dizendo ter sofrido um aborto natural.
Wilkins conseguiu se trancar numa sala e chamar a polícia, guiando os agentes por telefone ao local enquanto sangrava, sem saber que tinha perdido o bebê.
O ex-namorado de Lane, David Ridley, disse no julgamento que a mulher, que já tem dois filhos, havia dito que estava grávida, apesar de antes ter dito que tinha ligado as trompas. Segundo ele, Lane montou um esquema elaborado para enganar amigos e família e acreditarem que ela estava grávida.
Ele disse à polícia que chegou em casa cedo do trabalho para levá-la ao médico, quando a encontrou coberta em sangue e dizendo que tinha sofrido um aborto e que o bebê estava na banheira.
Segundo os promotores, Lane não foi processada por homicídio porque a criança não chegou a viver. A lei estadual do Colorado não reconhece um feto como vivo até ele ter sobrevivido fora do útero.
Na audiência de sentença, Michelle falou da filha que nunca conheceu. Ela estaria fazendo 11 meses em maio, se tivesse nascido.
A juíza Maria Berkenkotter condenou Lane à 100 anos de prisão, dizendo que os pais de Aurora nunca poderão levantar a filha do chão após um ataque de manha numa loja de brinquedos e secar suas lágrimas e que nunca poderão pendurar seus desenhos na geladeira.
"Eles nunca poderão vê-la decidir o que quer da vida ou quem é. Você roubou isso deles", disse a juíza ao pronunciar a sentença.
P U B L I C I D A D E
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Jornal o Globo
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