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Morre menina que estava no HUT suspeita de intoxicação

Francisca Alice estava internada no HUT desde o dia 14 deste mês,

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 Gororoba: Polícia quer saber o que tem no líquido que a vítima ingeriu

A estudante Francisca Alice, de 10 anos, internada sob suspeita de intoxicação em ritual de magia negra, morreu na manhã de ontem, em Teresina, onde estava internada. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou o óbito da menina cujo corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal para que fosse periciado. Francisca Alice morreu às 9h30 por falência dos órgãos, culminando com parada cardíaca.

Francisca Alice estava internada no HUT desde o dia 14 deste mês, em coma, após ficar uma semana em terreiro de macumba no interior do Timon. Ela deu entrada no hospital com a cabeça raspada e com sinal da cruz nos braços, o que pode caracterizar tortura.  A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) abriu inquérito e investiga as causas do envenenamento. Com a morte da menina, a Polícia apura os responsáveis pelo homicídio.

Além do crime de intoxicação, a direção do HUT solicitou nova perícia para investigar a suspeita de abuso sexual contra a menina. Segundo o diretor do hospital, Gilberto Albuquerque, a garota apresentou papilomas (verrugas) nas cordas vocais, que podem ser transmitidas sexualmente através do vírus HPV. As informações são do cidadeverde.

A suspeita é de que a garota tenha tomado algum tipo de veneno. A  mãe dela apresentou para a Polícia um vidro com um líquido amarelo que foi dado para a menina. A garrafada foi encaminhada ao laboratório para realizar exames. Em depoimento na Delegacia, a mãe da menina admitiu que ela passou por uma cerimônia de purificação e que teria pago R$ 500,00. O laboratório ainda não divulgou o laudo.

O pai e duas tias da criança estiveram no hospital para fazer a liberação do corpo. De acordo com o médico Gilberto Albuquerque, diretor do hospital, os médicos já sabiam que a chance de recuperação era pequena.

 "Ela chegou com insuficiência renal hoje (ontem) pela manhã teve início a falência múltipla dos órgãos. O grande problema é que recebemos a criança em coma profundo e um quadro grave de intoxicação. Venenos são feitos para matar. Sabíamos que estávamos lidando com uma situação complicada e fizemos todo o possível, mas infelizmente não foi suficiente", declarou o diretor.

A conselheira tutelar Socorro Arraes lamentou a demora no resultado dos exames tanto toxicológicos quanto para confirmar um possível abuso sexual sofrido pela garota. "Desde o dia 19 nós aguardamos o resultado do líquido ingerido por essa menina. É um absurdo que até agora a gente não saiba do que se trata. Quantas crianças mais terão que morrer dessa forma para que a gente tenha conhecimento? Um outro exame que precisa de celeridade", declarou.

P U B L I C I D A D E

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