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Troca de medicação poder ter causado a morte de bebê no PI

Valentina morreu em setembro do ano passado

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O promotor de Justiça Luciano Nogueira já recebeu o inquérito que investigou a morte da garota Sara Valentina Alves Nascimento, de 1 ano e 8 meses, que faleceu em setembro de 2015 depois de ter tomado uma medicação no Hospital Regional de Campo Maior-PI, a 78 quilômetros ao norte de Teresina.Nogueira informou que já que deu início à avaliação do processo e não descarta a possibilidade de erro médico, pois a aplicação da medicação parece ter sido trocada.

"O que parece que aconteceu foi uma troca de medicação, pois foi prescrito para a Sara Valentina cloreto de potássio e dipirona. A primeira medicação deveria ser aplicada no soro e a dipirona direto na veia. Nesta primeira leitura do processo, se percebe que houve uma troca porque o cloreto foi aplicado diretamente na corrente sanguínea e a dipirona no soro, isso causou uma asfixia e resultou na morte da menina", declarou o promotor Luciano Nogueira, que atua na Comarca de Campo Maior.

Duas pessoas que trabalham no hospital foram indiciadas pela Polícia no in-quérito que apurou o caso. Elas prestaram depoimento e estão sendo acusadas de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A justiça deve se pronunciar sobre o caso na próxima semana. A equipe de reportagem tentou conversar com a médica que atendeu a criança e com a direção do hospital, mas ninguém quis gravar entrevista. A mãe da menina, Eliane Alves, não se conforma com a perca da filha e quer punição aos culpados pela negligência.

"Eu quero correr atrás da justiça para que os culpados paguem pela morte da minha filha. Quero que paguem pelo erro que eles cometeram para que isso não venha acontecer com outras famílias", disse a mãe. A Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Regional de Campo Maior informaram que não foram oficialmente notificados sobre o resultado do inquérito policial e que tanto a diretoria de Vigilância Sanitária como o hospital abriram processos administrativos para apurar o caso.

P U B L I C I D A D E 

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