O Ministério Público Estadual identificou os irmãos Mirtdams Júlio, Williams e João Canuto Neto como suspeitos de articular o esquema de fraude fraude financeira desbaratado nesta manhã, em operação deflagrada pelo Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (GRINCOT).
- Foto: Divulgação/Polícia Civil
Em nota o MP informou que os três seriam responsáveis pela contratação de empresários interessados nas fraudes ou utilizavam empresas “fantasmas” para usar em suas empresas reais.
"Para arregimentar 'laranjas', geralmente pessoas simples que precisavam de dinheiro, contavam com um rol de empregados 'fixos', dentre eles GILMÁRIA, SANDRA, DEODATO, JAILTON. Estes intermediários conseguiam documentos (RG, CPF) de populares mediante ardil ou, o que era mais comum, ofereciam dinheiro, entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00, para que cedessem seus documentos, os quais seriam utilizados na abertura de empresas 'fantasmas', explica o Ministério Público.
Mirtdams, suposto líder - segundo o MP - usava, como real proprietário, diversos veículos de luxo que não estavam em seu nome, mas em nome de tia e cunhada.
- Na foto, Mirtdams Júnior, apontado pelo Ministério Público como suspeito de liderar o esquema de fraude desbaratado na Operação Fantasma. Foto: Reprodução/Facebook
Na denominada Operação Fantasma nove pessoas já foram presas até agora. Uma das prisões aconteceu no Ceará, seis em Campo Maior e duas em Teresina. Também foram apreendidos três carros e bloqueados aproximadamente R$157.000,00 em dinheiro da conta dos alvos.
Os mandados de prisão e sequestro de bens foram solicitados ao Judiciário pelas instituições que compõem o GRINCOT em razão da suspeita de que os alvos perpetraram fraudes fiscais/tributárias que lesaram o fisco em mais de 81 milhões de reais. Contra os alvos já tramitam seis processos criminais e três inquéritos, referentes a crimes praticados com modus operandi semelhante.
Dão apoio à operação a Polícia Civil, técnicos da SEFAZ-PI e Policiais Rodoviários Federais-PRF, mobilizando aproximadamente 100 pessoas. Ao todo são 11 mandados de prisão temporária, três de mandados de prisão preventiva, 15 sequestros e remoção de bens, além de 23 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da 10ª Vara Criminal de Teresina.
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