Dar de mamar, colocar para dormir, aprender a descifrar choros e balbucios. É tudo novidade para as mães de primeira viagem, que precisam adaptar radicalmente a rotina nos primeiros meses em casa após a chegada de um bebê.
Mas e quando acaba a licença-maternidade? Mães que trabalham enfrentam um dilema. É melhor colocar o bebê na escolinha? Contratar uma babá? Deixar com familiares? Dar um tempo no emprego para ficar com a criança?
O G1 ouviu seis mães recentes para saber como estão lidando com esse momento da vida familiar. Elas relataram suas dúvidas, as soluções muito diferentes que encontraram e os prós e contras de cada uma. Em comum, a vontade de acertar e uma descoberta: não existe uma fórmula. Depois de muita reflexão e frequentemente após tentativas e erros, cada uma acaba chegando à melhor solução possível para seu caso.
Carolina Porfirio, 33 anos, funcionária pública, mãe de Francisco, de 10 meses
Ao voltar a trabalhar após sete meses afastada de seu emprego, Carolina ficou na dúvida sobre deixar seu filho com uma babá ou em um berçário. Consultou a mãe e acabou optando pela escola. "Por ser pessoa jurídica, achei que seria mais seguro”, diz.
Ela diz que ficou satisfeita com a escolha e que Francisco se adaptou bem. “A parte ruim é que ele vive doente. É um caos", diz, rindo. "Mas fora isso é ótimo. Percebo que ele se desenvolveu muito pelo contato com os colegas”, afirma.
Elisa Bretas, 33 anos, médica, mãe de João, de 1 ano e 9 meses
Por ser autônoma, Elisa só conseguiu tirar três meses de licença após o parto. Como não encontrou um berçário que aceitasse bebês de menos de quatro meses, acabou deixando João com uma babá.
Nessa época, para facilitar a tarefa de cuidar do filho – e de amamentá-lo ao menos até os seis meses –, ela passou a trabalhar apenas meio horário. Diz que o esquema com a babá funcionou bem, mas quando o bebê fez 10 meses resolveu colocá-lo em uma escola.
“É fato que ele adoece bastante, ainda mais no inverno. Mas lá tem toda uma orientação profissional. A criança interage mais, tem uma supervisão melhor”, explica.
Elisa diz que não gostaria de parar de trabalhar totalmente. “Quando ele fica doente eu me questiono muito: será que eu paro? Mas para mim o trabalho faz bem. Sou privilegiada porque consegui um esquema de meio horário, mais flexível. Então consigo ser produtiva, ter meu dinheiro, meu convívio social, e ao mesmo tempo ficar com meu filho”, relata.
Grávida de sete meses, desta vez de uma menina, Elisa diz que pretende deixar a filha em uma creche, no futuro. “No primeiro filho a gente fica muito insegura. Você ouve de tudo, tem palpites por todos os lados. Mas não existe fórmula ideal. Acho que agora, no segundo filho, vai ser mais fácil”, afirma.
Sophia Picarelli, 31, gestora ambiental, mãe de Lia, de 9 meses
G1
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