Bailarina Brasileira Ingrid Silva Vai Discursar na ONU
Evento que celebra o Dia Internacional da Mulher vai acontecer em Nova York.
Ingrid Silva costuma ser apresentada como bailarina, o que está mais do que correto. Mas ela é muito mais do que a dançarina principal do Dance Theater of Harlem. Há quase 20 anos nos Estados Unidos, a brasileira Ingrid é também autora, coreógrafa, mãe da pequena Laura e uma ativista contumaz da causa feminina e racial, lutando, por exemplo, pela inclusão de meninas e mulheres negras no balé.
Atualmente em turnê pelo Canadá, Ingrid arrumou um espaço na agenda para falar com a coluna. Motivo? Ela foi convidada pela Organização das Nações Unidas para discursar em um evento no dia 7 de março, em Nova York, para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março).
“Por TODAS as mulheres e meninas: direitos. Igualdade. Empoderamento” é o tema do encontro, que vai reunir líderes como o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e a Diretora Executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous. O evento promete ser especial, já que o ano de 2025 marca 30 décadas de luta pelos direitos da mulher a partir da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, resultado importante da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher, realizada em 1995 – antes desse documento, apenas 12 países tinham leis contra a violência doméstica, por exemplo; trinta anos depois, são 193. Ingrid falou sobre a importância dessa experiência.
Como recebeu o convite?
Minha parceria com as Nações Unidas existe há algum tempo; faço parte do SDG Circle of Supporters. Fico muito lisonjeada em poder participar desse evento. Discursar em um dos espaços mais relevantes do mundo será um momento muito importante na minha vida e na minha carreira. Seria um sonho poder dançar na cerimônia, mas por questão estrutural, não será possível, então irão exibir um vídeo de uma de minhas performances antes do discurso.
E para o discurso, como está se preparando?
Atualmente, estou em turnê com a Dance Theater of Harlem no Canadá e, em seguida, partiremos para os Estados Unidos, passando por diversos estados. Chego em Nova York apenas no dia do evento, por isso estou em uma correria, ainda trabalhando o meu discurso, que será sobre minha carreira e o empoderamento feminino.
Sendo mãe, a causa lhe toca de maneira diferente?
Como mãe e ativista, vejo o mundo por duas perspectivas: a luta constante pelos direitos das mulheres e a responsabilidade de garantir um futuro melhor para minha filha. Entendo que minha jornada não é só minha, é também dela, e do futuro de todas as meninas ao redor do mundo. Minhas atitudes hoje têm impacto no mundo que elas vão habitar amanhã. A justiça social, o empoderamento, tudo isso deve estar presente em cada passo que damos, não só como ativistas, mas também como pais, pois se queremos um mundo melhor, é necessário atuar com as próximas gerações, ensinando o valor dos direitos e o poder de ser quem são.
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Fonte: Forbes Brasil
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