A aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despencou na primeira rodada da Pesquisa Genial/Quaest de 2025, divulgada nesta segunda-feira (27/01) e a recente polêmica em torno das novas regras do Pix ajudaram a piorar a percepção dos eleitores em relação ao terceiro mandato do petista, segundo o levantamento.
Em relação à edição de dezembro, a aprovação de Lula recuou de 52% para 47% neste mês. Enquanto isso, pela primeira vez desde janeiro de 2023, a desaprovação foi superior à aprovação do governo, que avançou de 47% para 49% – maior patamar registrado a partir do início da pesquisa qualitativa sobre o atual gestão petista.
A avaliação geral do governo também piorou no último mês. Enquanto a avaliação negativa avançou seis pontos percentuais, de 31% para 37%, entre dezembro de 2024 e janeiro deste ano, a avaliação positiva recuou de 33% para 31% na mesma base de comparação.
Curiosamente, a deterioração da avaliação do governo aconteceu com mais força na região Nordeste, onde a avaliação positiva despencou de 67% para 49%. E, em relação às mulheres, a aprovação de Lula caiu de 54% para 44%, e, a desaprovação subiu de 44% para 47%, ambas entre dezembro e janeiro.
Para 50% dos entrevistados, o Brasil está indo na direção errada, o maior percentual desde o início da pesquisa e acima dos 46% na pesquisa anterior. Enquanto isso, 39% dos eleitores apontam que o país está na direção certa, abaixo dos 43% de dezembro e o menor patamar desde janeiro de 2023.
Em relação às notícias do governo, 43% dos entrevistados responderam que há mais notícias negativas do que positivas. A regulação do Pix encabeça a lista das piores notícias, com 11% da preferência, enquanto o aumento do Bolsa Família foi considerada a melhor notícia. Em segundo lugar, ficou o lançamento do programa Pé de Meia, voltado para os estudantes do Ensino Médio.
Nova regra do Pix
Em relação à recente polêmica da nova regra do Pix, que acabou sendo revogada, 66% dos entrevistados afirmaram que o governo Lula errou mais do que acertou.
De acordo com o levantamento, 39% dos entrevistados responderam que a economia piorou, dado menor do que os 40% apontados em dezembro. Ao mesmo tempo, apenas 25% dos eleitores acreditam que houve melhora na economia – o menor percentual desde abril de 2023, quando atingiu 23%. Apesar do aumento da percepção de piora na economia, o maior problema apontado pelos entrevistados foi a violência, com 26% das respostas. A economia, que liderou as preocupações até dezembro, ficou em terceiro lugar com 21% das citações, atrás das questões sociais, com 23%.
O principal item de preocupação dos entrevistados foi o preço dos alimentos, que subiu para 83% dos eleitores, o maior percentual desde o início do levantamento. Em segundo lugar, o preço dos combustíveis, que foi citado por 57% dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 26 de janeiro, com 4.500 entrevistas presenciais e margem de erro de 1,00 ponto percentual para mais ou para menos.
A seguir, alguns destaques da pesquisa:
Fotos relacionadas
Fonte: Rosana Hessel/Correiobraziliense
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.