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Com 11 estreantes, Brasil supera desconfiança e obtém resultado inédito no Mundial de handebol

Seleção conta com um elenco recheado de novos rostos e está nas quartas de final do Mundial, após bater potências europeias.

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 Jogadores do Brasil comemoram classificação para as quartas do Mundial — Foto: Divulgação/CBHb

O Brasil está fazendo história no Mundial de handebol masculino, que acontece na Croácia, Dinamarca e Noruega. Mesmo passando por um momento de renovação e contando com um plantel de 11 jogadores estreantes na competição, a seleção já atingiu um feito inédito ao chegar nas quartas de final da competição. Na campanha, a equipe derrotou Noruega e Suécia, duas potências da modalidade, pela primeira vez em competições oficiais.

O treinador Marcus Tatá tem 18 jogadores à disposição em Oslo, capital norueguesa, onde o Brasil realizou todos os seus jogos até aqui. Destes, 11 estão em um Mundial pela primeira vez. Os únicos não estreantes são Petrus, Haniel, Rangel, Bryan, Jean Pierre Dupoux, Gustavo e Rudolph, que também estiveram no plantel da equipe no Mundial de 2023 e no Pré-Olímpico de 2024.

Com as mudanças no elenco nos últimos anos e pelos resultados recentes, a seleção chegou no Mundial de 2025 com olhar de desconfiança dos torcedores. Pesou para isso o fato de que, além dos rostos novos, o Brasil não conseguiu vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 após ficar com a prata no Pan de Santiago-2023 e falhar no Pré-Olímpico do ano passado.

Mesmo diante desse contexto adverso, a seleção deu a volta por cima e conseguiu um resultado histórico. A trajetória de sucesso começou logo na estreia da competição, quando a equipe derrotou a anfitriã Noruega em um jogo épico. No jogo seguinte, por pouco também não derrotou Portugal, que é a sensação da competição. O Brasil chegou a ter quatro gols de vantagem no segundo tempo, mas sofreu um apagão e saiu derrotado.

Depois dos duros compromissos, o Brasil teve dois adversários mais "leves" e, apesar de tomar alguns sustos, confirmou seu favoritismo para sair vencedor em ambos os casos. Ainda na primeira fase, bateu os Estados Unidos. Já na abertura da segunda fase, ganhou do Chile. Em seguida, foi a vez de encarar mais uma potência europeia: a Suécia. E, mais uma vez com uma atuação coletiva esplêndida, a seleção dominou o placar do início ao fim e conquistou mais um triunfo inédito.

Mais feitos históricos

Para entender o feito: Noruega e Suécia são dois dos países mais tradicionais do handebol e a Europa é o berço da modalidade. A Noruega já foi vice-campeã mundial em duas oportunidades, sendo a última vez em 2019, enquanto a Suécia é tetracampeã mundial e possui quatro medalhas de prata olímpicas. O Brasil havia enfrentado esses dois adversários seis vezes cada um em competições oficiais (Olimpíada, Pré-Olímpico e Mundial) e, em todas elas, tinha sido derrotado.

Esta também é apenas a terceira vez na história que o Brasil consegue derrotar ao menos dois europeus em uma mesma competição. A primeira ocorreu na Olimpíada do Rio-2016, quando a seleção chegou até as quartas de final, e a segunda foi no Mundial de 2019, quando superou três países do Velho Continente e terminou a competição em nono lugar - que era, até então, o melhor resultado do país na competição.

Considerando nações fora da Europa, o Brasil é apenas o sexto país a chegar nas quartas de final do Mundial de handebol masculino em toda a história, sendo o primeiro sul-americano. Levando em conta todo o continente das Américas, somente Cuba havia chegado no top-8 mundial anteriormente, em 1999.

Buscando ir além e alcançar outros grandes resultados, a seleção brasileira volta a jogar neste domingo (26), contra a Espanha, às 14h (horário de Brasília), ainda pela segunda fase do Mundial. O duelo terá transmissão ao vivo do sportv 2. Caso vença e Portugal perca para o Chile, o Brasil será líder do grupo e enfrentará a Alemanha nas quartas de final. Caso contrário, a tricampeã mundial Dinamarca será a rival da equipe verde e amarela.

 

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Fonte: Globo Esporte

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