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Samila Alves Andrade, 30 anos, foi condenada a 19 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Domingas Maria Lazaro da Silva, 41 anos. Para fixar a pena, o juiz José Eduardo Couto de Oliveira, considerou que a ré cometeu homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e utilizou recursos que dificultou a defesa da vítima.

"Deixo de reconhecer a atenuante da confissão espontânea eis que na primeira fase do Tribunal do Júri a ré negou a autoria delitiva e durante o Plenário do Júri exerceu o constitucional direito de permanecer em silêncio. Agravo a pena em 1/6 ante o reconhecimento pelo Conselho de Sentença da qualificadora do recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima resultando numa pena provisória de 19 anos e 3 meses de reclusão", diz o juiz na sentença.

O crime aconteceu no dia 08 de janeiro de 2018, na porta da casa da vítima no bairro Nova Conquista, no município de União, cidade localizada a 64 quilômetros de Teresina.

Segundo o inquérito, a condenada foi até a casa da vítima, por volta das 9h e a chamou para uma conversa. A conversa evoluiu para uma discussão e para uma luta corporal. A condenada utilizou spray de pimenta para neutralizar a vítima e desferiu diversos golpes de faca que levou a vítima à morte.

“Pouco tempo depois começou uma discussão muito acirrada entre as partes que evolui para luta corporal, momento em que a denunciada pegou um spray de pimenta e arremessou o líquido nos olhos da vítima, no intuito de imobilizá-la e/ou dificultar sua defesa, e, em ato contínuo, desferiu vários golpes de faca na vítima ocasionando a sua morte”, disse a denúncia.

Samila chegou a fugir, mas a Polícia Militar chegou a prender a acusada logo depois. Consta na denúncia, que após ser presa, Samila Alves confessou o crime e chegou a detalhar como se preparou para a situação, tendo sido a responsável pela criação do spray de pimenta utilizado. Na ocasião ela negou que a intenção fosse matar a vítima, que o objetivo era conversar, pois alegou que estaria sendo perseguida por Domingas.

Ela foi solta em abril de 2020 e aguardava o julgamento em liberdade.