Educação especial conta com mais de 280 professores estaduais
Mais de dois mil alunos com deficiência são assistidos por meio do convênio entre Seduc e Seid.
Fortalecer as instituições que atendem as pessoas com deficiência e proporcionar uma educação de excelência. É esse o objetivo do Governo do Estado, que atualmente conta com 284 professores cedidos para Organizações Não Governamentais (ONGs) que atendem a esse público. O convênio de cessão entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid) é anualmente renovado.
Mais de dois mil alunos do Piauí são beneficiados com a medida. Na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - Apae Cristina Leite, em Teresina, uma das ONGs contempladas, 300 pessoas são assistidas pelos professores da Seduc. “São 14 educadores em ativa e três substitutos trabalhando com as nossas crianças e jovens. Desde o início a Seduc e a Seid têm sido as principais parceiras para que possamos avançar no quesito educação inclusiva”, destaca a diretora da Apae, Angêla Gayoso.
Na Apae, os professores atuam nas mais diversas áreas, desde o ensino básico, que envolve disciplinas como a língua portuguesa, ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), psicopedagogia, além da atuação com projetos e oficinas de pintura. A maioria do quadro selecionado de professores possui especialização em ensino inclusivo, no entanto, fica a cargo dos centros especializados a formação daqueles que irão iniciar a experiência na área de inclusão educacional.
Há seis anos prestando serviços para a Apae, a professora estadual Silvaneide Rodrigues trabalha com a turma de AEE e pretende permanecer por muito tempo. “É um trabalho de estimulação cognitiva. Além das orientações em sala de aula, nós, professores, procuramos sempre saber se o assistido está vivenciando a inclusão fora das salas, pois tudo influi na aprendizagem. Tenho mais de 30 alunos e é muito gratificante fazer parte da história de cada um, colaborando para a sua construção de vida”, diz a educadora.
Outra instituição na qual os professores estaduais são indispensáveis é a Associação dos Cegos do Piauí (Acep). A ONG possui a maior escola do estado voltada às pessoas com deficiência visual, que conta com o Ensino Básico Completo, desde a alfabetização ao Ensino Médio, além de áreas cujo foco é a orientação sobre mobilidade, escrita e atividades da vida diária. Todas as áreas têm a atuação dos professores estaduais.
Há 16 anos como servidor da Seduc, Edmir Barbosa, que também possui deficiência visual, é um dos professores cedidos para a Acep. Para o educador, que atua na área de alfabetização, o convênio que cede professores do Estado para as instituições envolvidas com PCDs é indispensável. “Geralmente, as PCDs possuem dificuldades para estudar e ter uma formação, portanto, ter profissionais preparados para educá-los é de muita valia para o avanço das políticas públicas e direitos dessas pessoas”, atenta o educador.
O propósito do Governo do Estado é regulamentar a situação dos docentes que atuam nas entidades. O ato visa contemplar 34 instituições. “Existem muitas pessoas que se doam ao trabalho voluntário para ajudar as nossas crianças a ingressar no ensino regular e, até mesmo, na universidade. Como reconhecedor desse belo trabalho, o governo quer continuar sendo um grande parceiro e colaborar para a melhoria na educação das pessoas com deficiência, alcançando todas as instituições que atendem esse público”, ressaltou a secretária de Estado da Educação, Rejane Dias.
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