No Piauí, sindicato denuncia dificuldade de compra de combustível após retomada de impostos
Presidente do sindicato prevê aumento de R$ 0,50 centavos por litro de combustível.
O Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Estado do Piauí (Sindipostos-PI) denunciou uma dificuldade na compra de combustível nas distribuidoras. Ao A10+ o presidente do Sindipostos, Alexandre Valença conta que as distribuidoras alegam ausência do produto, mas a suspeita do sindicato é que eles estejam sendo forçados a fazer a compra apenas após a volta da cobrança de impostos federais sobre combustíveis, anunciado nesta segunda-feira (27) pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"Estamos com dificuldade de compra. Elas (distribuidoras) alegam que não têm produto. Fomos no Procon para pedir para verificar se é isso, ou se porque estamos na véspera do aumento. Suspeitamos que eles tenham o produto e que amanhã, depois do aumento, teremos o produto", afirma o presidente do sindicato.
A suspensão da cobrança dos impostos federais foi definida na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em janeiro de 2023, o presidente Lula prorrogou a desoneração sobre o diesel e gás de cozinha. Para gasolina, etanol, gás natural veicular e querosene de aviação, a desoneração é válida até o dia 28 de fevereiro. Com o retorno do imposto e a redução anunciada pela Petrobras, a previsão do Sindipostos é que a gasolina aumente cerca de R$ 0,50 centavos em março.
"Vamos pegar alguns postos, devem ficar secos, o cliente chega hoje e pede para completar o tanque porque ele está na pré-alta. Vem um aumento que é maior que a margem de lucro da gente. A Petrobras anunciou baixa e teve o anúncio da volta do imposto. Acredito que ele ficará 50 centavos por litro mais caro", explica o presidente.
Jade Araújo\a10+
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