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Projeto de acessibilidade digital distribui mais de 250 celulares para pessoas com deficiência visual em Teresina

No Piauí, há pelo menos 120 mil pessoas com deficiência visual.

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O projeto Hardware for Good distribuiu, na última  quinta-feira (1/12), 260 celulares com acesso à internet para pessoas com deficiência visual em Teresina. Promovida pela Fundação Dorina Nowill e a ONG Comradio, a ação tem como objetivo promover a inclusão e acessibilidade digital.

No Piauí, há pelo menos 120 mil pessoas com deficiência visual e a organização do projeto acredita que iniciativas como essa são importantes para que cegos e pessoas com baixa visibilidade possam interagir virtualmente como os demais.

“Os celulares acessíveis mudam o dia a dia das pessoas com deficiência visual. Elas podem utilizá-lo para transporte, para escutar um livro e para escutar cursos, como os de ensino à distância, por exemplo. É um empoderamento da pessoa com deficiência visual”, afirmou Alexandre Munck, Superintendente Executivo da Fundação Dorina.

A assistente social Denise Santos perdeu a visão aos 10 anos e foi uma das pessoas que receberam um celular nesta quinta-feira.

A dificuldade vai ser menor. A gente tem alguns aplicativos, alguns softwares disponíveis, porém muitas vezes falta informação. Às vezes a gente tem a tecnologia, mas não tem o acesso. Então isso vai facilitar bastante", afirmou.

"O que nos falta muitas vezes é o acesso à tecnologia e, hoje, através desse projeto, a gente está tendo essa oportunidade. Muitos de nós vamos passar a interagir muito melhor com as tecnologias e com o mundo através desses aparelhos", completou.

O presidente da ONG Comradio, Iraildon Mota, destacou que a acessibilidade digital é também uma questão de dignidade. “Pessoas com deficiência precisam ter um acesso ao mundo digital. O mundo hoje ele se divide no nosso real, mas também tem o outro mundo, digital, que é desafiador, onde as imagens nem sempre são descritas”, disse.

Esses equipamentos dão a possibilidade de ver, de ter dignidade, respeito, de ter possibilidades e muito além disso. E que a sociedade possa entender que essas pessoas não são invisíveis, que elas fazem parte desse mundo e que existe a possibilidade de fazer ele mais inclusivo para todo mundo”, declarou.

Fonte: G1 PI

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Da Redação | Jornalista Valter Lima

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