O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para a covid-19 nesta terça-feira (7/7). Ele fez o teste na segunda-feira, após apresentar os sintomas da doença. Segundo interlocutores, o presidente teve febre de 38ºC, tosse e mal estar, mas, no geral, o estado de saúde é bom. O próprio Bolsonaro afirmou que a febre havia cedido e que estava "muito bem".
Na noite de segunda-feira (6/7), Bolsonaro apareceu para conversar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada e comentou que, além do exame para a covid-19, fez uma ressonância magnética dos pulmões. Os procedimentos foram realizados no Hospital das Forças Armadas (HFA) e na residência oficial.
“Eu vim do hospital agora, fiz uma chapa do pulmão, tá limpo o pulmão, tá certo? Vou fazer o exame do covid agora, mas está tudo bem”, disse o presidente. Ele afirmou ainda que já estava se tratando com hidroxicloroquina, mesmo não sendo esta a recomendação do Ministério da Saúde para pacientes cujo diagnóstico ainda não está confirmado.
Bolsonaro, que estava de máscara, evitou aproximação, mas disse que "está tudo bem". "Não pode chegar muito perto, não. Recomendação (para) todo mundo", afirmou.
Grupo de risco
O presidente pode ser considerado um integrante do grupo de pessoas que apresentam risco maior de desenvolver forma grave da doença, por já ter 65 anos. Vários integrantes da equipe dele contraíram o novo coronavírus desde o início da pandemia.
Apesar disso, o presidente tem negado os perigos da doença e já reduziu a covid-19 a um “resfriadinho” e a uma “gripezinha”. Ele também resiste em manter o distanciamento social e costuma se aproximar das pessoas ao aparecer em público, seja participando de manifestações públicas em seu apoio, seja passeando por Brasília nos fins de semana.
No início de junho, o presidente insinuou que provavelmente já teria sido infectado pelo novo coronavírus, mas que, até aquele momento, não tinha nenhum sintoma. "Eu já peguei 20 vezes este vírus, talvez, ou o vírus não quer papo comigo. É uma realidade. (...) Vai pegar, e a grande maioria nem vai saber que pegou. Talvez é o meu caso. Assintomático”, comentou.
Na última sexta-feira, por exemplo, Bolsonaro fez uma reunião e almoçou com um grupo de 10 empresários, entre eles, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, no Palácio da Alvorada. Em nenhum momento ele ou os convidados usaram máscaras, bem como não respeitaram um limite mínimo de distanciamento social.
O mesmo aconteceu no dia seguinte, quando Bolsonaro e outros integrantes do governo federal dispensaram o equipamento de proteção e as recomendações sanitárias durante um almoço na casa do embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chapman, para comemorar os 244 anos da independência americana.
P U B L I C I D A D E
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Da Redação|Valter Lima
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