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Relatório indica ampliação no investimento em educação infantil

A verba destinada ao setor foi equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 em creches e pré-escolas.

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Os investimentos na educação infantil, que atende crianças até os cinco anos de idade, aumentaram nos últimos anos, segundo relatório Um olhar sobre a educação (Visão geral da educação), em inglês Education at a Glance 2018. O documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta terça-feira, 11 de setembro, indica que a verba destinada ao setor foi equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 em creches e pré-escolas.

O nível de investimento, no entanto, ainda está abaixo da média dos 35 países que compõem a OCDE, que é 0,8% do PIB, mas está acima de países da América Latina, como Argentina, Colômbia, Costa Rica e México. O gasto nacional por criança por ano nas creches públicas é de US$ 3,8 mil, um dos mais baixos investimentos, tanto entre os países membros da Organização, quanto entre as economias parceiras.

Segundo o estudo, 22% das crianças de até três anos estão na escola. Dados mais atualizados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que essa porcentagem chegou a 30,4% em 2015. No entanto, o Plano Nacional de Educação (PNE) propõe ampliar o porcentual para 50%, até 2024, o que significa mais 2,4 milhões de crianças incluídas na rede de ensino. O prazo para universalizar o acesso à pré-escola das crianças de 4 e 5 anos de idade, terminou no ano passado.

Quando se considera o investimento em toda a educação brasileira, os dados do ensino infantil se repetem: o Brasil investe uma parcela relativamente alta, 5,5% do PIB em educação. Ainda assim, o gasto público total em educação é inferior ao verificado nos demais países pesquisados.

O poder público nacional aplica, em média, US$ 3,8 mil por aluno, em todos os níveis de ensino, segundo aponta o relatório. O valor equivale a menos da metade da média dos outros.

Em relação à educação de jovens e adultos, o Brasil registrou um dos índices mais elevados de adultos sem ensino médio entre todos os analisados. Após os 14 anos, as taxas de escolarização vão caindo. Entre 15 e 19 anos, 69% seguem estudando e, entre 20 e 24 anos, apenas 29%. Em média, essas porcentagens chegam, entre os países da OCDE, a 85% e 42%, respectivamente.

Nas estatísticas educacionais, os alunos são considerados em atraso escolar quando são pelo menos dois anos mais velhos do que a idade adequada para a série, devido à repetência escolar. No Brasil, cerca de 14% dos alunos do último ano do ensino fundamental estão acima da idade pretendida de 14 anos. Entre os países da OCDE, em média, apenas 2% dos estudantes estão nessa situação.

P U B L I C I D A D E

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