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O governador Wellington Dias (PT) classificou o julgamento do ex-presidente Lula como "ato político" e que "cheira a ódio".

Wellington Dias esteve ao lado do ex-presidente desde o início do julgamento.

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Wellington Dias esteve ao lado do ex-presidente desde o início do julgamento. Ontem, Dias participou em Porto Alegre de ato pró-Lula e nesta quarta-feira (24) esteve em manifestação em São Paulo.  

“Nem parece o julgamento de um ser humano. Ninguém está olhando o que realmente de crime foi cometido, porque não foi cometido. Há uma torcida para que Lula não seja candidato, é muito estranho isso. Claro que ninguém está acima da lei, mas claro que sem ter provas não há como condenar alguém e o que sentem pelo Lula cheira a ódio", desabafou o governador.

Nesta quarta-feira atípicao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os três desembargadores votaram por ampliar a pena imposta ao petista para 12 anos e um mês de prisão, além de multa de R$ 1,3 milhão.

Acompanharam também a manifestação pró-Lula em São Paulo deputados e senadores do PT e de outros partidos, além de políticos em geral. O presidente da Associação Piauiense de Municípios, prefeito Gil Carlos, também esteve presente no ato.  

Wellington Dias reforçou que na conversa que teve com o ex-presidente, ele se mostrou muito tranquilo com o julgamento. Wellington Dias contou também que o petista afirmou que não vai desistir de lutar e ajudar o Brasil. 

Governador usou sua rede social e defendeu o ex-presidente: 

“No diálogo que tivemos, ele se mostrou muito tranquilo. É incrível que ele só fala no Brasil, dos projetos para o Brasil. Ele disse que somente quando Deus o levar, é que ele desiste de lutar a ajudar o Brasil [...] ”, ressaltou o governador.

“Lula está tratando tudo com a maior serenidade e que lhe comunicou sobre o prosseguimento das suas agendas de viagens, agora pelo sul do país” e acrescentou: “Vou continuar defendendo Lula, pelo projeto que ele fez, pelo trabalho que prestou, pelo governo dele, pelo projeto de Brasil que ele tem”, disse o governador.

Veja nota de Wellington Dias

"Fiz questão de vir à São Paulo para dar meu apoio ao presidente. Os amigos se fazem nas horas difíceis. É muito fácil ser amigo apenas nas alegrias, mas creio que os amigos têm que estar juntos nas horas que mais precisam.

O resultado do julgamento do presidente Lula, em Porto Alegre, já era esperado há meses atrás, quando os desembargadores envolvidos no caso fizeram questão de vazar quais seriam suas posições, seus votos, anunciado que dali sairia a condenação. É claro que, como brasileiro que conhece do processo, tenho a convicção de que não há uma única prova cabal em relação a crime praticado pelo presidente, tanto em relação ao processo da Petrobras, fato esse atestado pela própria Polícia Federal, como na acusação de ser dono de um apartamento que comprovadamente está em nome da construtora OAS e que, agora, por decisão de uma juíza federal em Brasília, passará para a Caixa Econômica Federal, como credora dessa construtora.

Como alguém recebeu um bem se não tem a chave? Se não tem um documento de posse, se não há qualquer prova de que esse bem de alguma forma foi repassado para o seu nome? A rigor, não havia necessidade de que os advogados do presidente Lula apresentassem essa prova, mas fizeram questão de apresentar.

Sou do tempo em que as sentenças só eram conhecidas no processo e, nesse caso, antecipadamente, ela foi o tempo todo anunciada através da imprensa. Veja que cerca de meia hora antes do julgamento, esse resultado já era anunciado. O presidente já estava condenado por unanimidade pelo TRF4. 

Eu continuo otimista. Inspirado no próprio Mandela, quando recebeu a sua sentença, eu acredito que o momento é de se manter a cabeça virada para o sol, manter os pés se movendo para frente, manter o otimismo e, ao mesmo tempo, acreditar nas outras instâncias.

O Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul tem mantido uma postura muito politizada durante todo o processo. O Brasil inteiro, juristas e não-juristas, vem percebendo ao longo do tempo.

Imagino que, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Superior Tribunal Federal (STF) haverá quem possa, sem as mesmas paixões, apenas à luz da lei, analisar esse processo de maneira isenta."

P U B L I C I D A D E 

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