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O deputado federal Marcelo Castro foi mordido pela mosca azul, já agora na condição de ministro da Saúde. Quando jamais imaginava que chegaria a cargo tão importante na sua vida, ele, no Piauí, chegou a despachar seus colégios eleitorais avisando que não disputaria qualquer eleição em 2018, depois do seu fracasso como candidato a candidato a governador em 2014. Mas agora, dizendo que só sairia do Ministério se arracando por um trator, Marcelo pensa em ser candidato ao governo do Piauí ou ao Senado.

A insistência em ficar no cargo de Ministro da Saúde, mesmo diante do rompimento do PMDB com o governo e a velada ameaça de sua expulsão do partido, está levando Marcelo Castro ao ridículo, com os jornalistas e blogueiros nacionais postando informações jocosas em função de suas declarações. Lauro Jardim, do O Globo, destacou uma declaração do deputado, segundo a qual, ele só “só sairia do Ministério da Saúde se arrancado por um trator”.

Nem o governo o quer mais no cargo de ministro, que está sendo negociado com o PP, mas o deputado faz ouvido de mercador, fingindo que não é com ele. O Palácio do Planalto já mandou avisar para que ele desocupe as gavetas e esteja preparado para deixar o cargo. Há em curso uma negociação com o PP, cujo ministro deve ser indicado pelo senador Ciro Nogueira, também do Piauí.

Enquanto não sai, Marcelo Castro vai tentando pavimentar seu caminho rumo à candidatura de governador ou de senador. Numa única portaria, ele liberou R$ 7,3 milhões  para supostas obras na área da saúde básica em municípios do interior localizados em regiões onde ficam suas bases eleitorais.

O colunista Cláudio Humberto, cuja coluna tem circulação nacional, se refere a Marcelo Castro como o 'ministro abestado'. Ao destacar as liberações feitas por Marcelo Castro para municípios do Piauí, Claudio Humberto estampa o título denunciador: "Meu Pirão Primeiro - Castro vai deixar o cargo do qual não queria sair, abrindo os cofres para o Piauí".

Mais irônico foi o colunista Lauro Jardim. Ele diz que um grupo de opositores alugou um trator para protestar contra a decisão de Castro, “para um protesto da semana que vem, um trator para ficar estacionado em frente ao ministério e constrangê-lo. O risco é Castro não estar mais semana que vem no cargo”, diz a nota intitulada “Um trator para Marcelo Castro”.

Mas Marcelo Castro vai ficando, mesmo sabendo que o PMDB de um lado e o governo de outro, querem a mesma coisa: que ele entregue o cargo. O dia D para ele seria esta sexta-feira, mas o deputado de São Raimundo Nonato está se agarrando ao prazo que o PMDB havia dado, 12 de abril, para não sofrer a sanção do Conselho de Ética do partido.

P U B L I C I D A D E