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Prefeitura de Castelo do Piauí pactua curso com a Universidade Federal do Piauí

O CRR consiste em um Centro Regional de Referência em formação permanente aos profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social com usuários de crack e outras drogas.

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O Centro Regional de Referência para a Formação de Profissionais que Atuam na Rede de Atenção aos Usuários de Crack e outras Drogas (CRR/UFPI) realizou na cidade de Castelo do Piauí de 24/03 a 01/04 o Curso de Extensão de Atualização Sobre Intervenção Breve e Aconselhamento Motivacional em Crack e Outras Drogas para agentes comunitários, redutores de danos, agentes sociais e profissionais que atuam nos consultórios de rua.

Embora o foco de atuação seja os agentes comunitários de saúde, o curso não se aplicou apenas aos ACS e sim a todos os profissionais que trabalham como redutores de danos, portanto se estende não só a saúde, mas também à assistência social, educação e demais entidades ligadas ao enfrentamento do crack e outras drogas.

Esse curso teve duração de 60 horas sendo 40 horas teóricas e 20 horas práticas, dividido em dois módulos realizados nos dias 17 e 18 de março e 31 de março e 01 de abril. O curso foi ministrado pelos docentes do CRR/UFPI, Ricardo Cruz e Lara Emanueli e aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Educação de Castelo do Piauí.

O CRR consiste em um Centro Regional de Referência em formação permanente aos profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social com usuários de crack e outras drogas. O CRR é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde, Secretaria Nacional de Drogas (SENAD) e Universidade Federal do Piauí (UFPI), representado na figura do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP).

A realização desse curso foi possível graças à pactuação entre o CRR e a Prefeitura Municipal, onde a coordenação, organização e toda parte pedagógica ficou a cargo da equipe do CRR vinculado à UFPI e a as secretarias municipais envolvidas liberaram os seus servidores nos momentos das aulas teóricas. Coube a prefeitura o apoio logístico como disponibilizar o local de realização do evento, assegurar lanche e o transporte, hospedagem e alimentação dos facilitadores dos trabalhos do CRR-PI.

O PORTAL CDP conversou com o psicólogo Ricardo Cruz, um dos ministrantes do curso. Segundo ele, essa atividade não se trata de palestra sobre o uso de drogas, algo bem comum, mas sim de um curso bem aprofundado, com vários estudos de caso e que visa ampliar o conceito de drogas, saber diferenciar o usuários do dependente, ensinar que cada caso requer um tipo de intervenção diferente. É um curso que ensina a utilizar as ferramentas necessárias no enfrentamento desse grave problema social para desconstruir o estigma em torno do usuário de entorpecentes, além de mostrar que o problema em si não está na droga propriamente dita e sim na vulnerabilidade de quem faz uso dessas substâncias. "O uso de drogas hoje atinge os mais diversos níveis sociais e na quase totalidade dos casos está associado a um problema de causa psíquica e esse curso visa possibilitar que as pessoas saibam mudar o olhar em relação ao usuário e/ou dependente de drogas, para que possamos traçar ações para combater de forma efetiva a disseminação do problema em nosso meio. Em relação aos educadores buscamos no curso que o que leva alguém ao consumo de drogas não é a cor, o cheiro ou outra propriedade organoléptica da droga, mas sim os efeitos produzidos, é preciso ter aulas e outras atividades atrativas para desviar a atração pelas drogas", disse o psicólogo.

"Como produto final do curso, montamos um Grupo de Trabalho (GT) pra fazer o mapeamento da rede de serviços existente no município de forma intersetorial e esse processo já foi iniciado e pode resultar numa publicação local, um guia para as associações de moradores, sociedade, serviço público, entre outros segmentos para saber quais são os serviços dispostos na saúde, na assistência, na educação, na juventude e nas áreas sociais que possam beneficiar a comunidade, um guia simples, com linguagem acessível para que cada cidadão castelense possa acessar de forma mais assertiva e tranquila esses dispositivos que aparentam ser tão complexos e desconhecidos por grande parte da população", finalizou Ricardo Cruz.

P U B L I C I D A D E

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