Há pouco menos de um ano, em maio de 2016, o Brasil ficou perplexo diante de um crime chocante: na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma adolescente de 16 anos foi violentada por vários homens diferentes – e teve o vídeo do estupro divulgado nas redes sociais.
No Dia Internacional da Mulher, a agência Lupa, especializada em checar fatos, divulgou o que aconteceu desde então. De acordo com a reportagem, a Polícia Civil do Rio de Janeiro só investigou o caso durante cerca de um mês. Na época, foi ordenada a prisão preventiva de seis pessoas diferentes, e um adolescente foi apreendido – sendo que dois deles estão atualmente foragidos. Apenas dois entre todos eles foram condenados e presos.
Protesto após estupro coletivo no Rio de Janeiro/Protesto no Rio de Janeiro
Além disso, nenhuma das promessas feitas pelo Governo Federal na ocasião foi cumprida até agora. Isso não quer dizer que elas não o serão no futuro, mas, nos dez meses que se passaram desde o ocorrido, ainda são nebulosas as informações sobre as iniciativas divulgadas, como o “núcleo federal de enfrentamento à violência de gênero”, o “protocolo único de atendimento à vítima mulher” e o dinheiro destinado diretamente ao combate à violência de gênero pelas polícias estaduais.
Segundo a agência, o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, até tirou do papel o núcleo de enfrentamento à violência de gênero já no começo de junho do ano passado, porém só aconteceram duas reuniões entre o grupo, formado por quatro secretários do ministério, três secretários estaduais de segurança, um delegado da Polícia Federal e um representante da ONU Mulheres.
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