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Wagner Moura: 'Sou a favor das investigações, mas sou mais a favor da democracia'

Opinião

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 Foto: Priscila Prade/TV Globo

O ator Wagner Moura desabafou em um vídeo que começou a circular na noite desta terça-feira (15) sobre a Operação Lava Jato e o atual clima de polarização no Brasil. "Hoje em dia no Brasil existem apenas dois lados (...). Ou você é petralha ou você é coxinha. Eu acho essa dicotomia pobre", afirmou.

Moura admitiu o que muitos já sentem desde as eleições de 2014: nos últimos tempos, tem sido difícil conversar sobre política. "Não consigo mais conversar muito com os meus amigos que odeiam o PT e que acham que tudo é válido para tirar o PT do poder, como se a corrupção no País morasse num partido só", disse.

Preocupado com o desenrolar da Lava Jato, Moura disse acreditar que a disputa pelo poder no País está influenciando o trabalho da Justiça, e que "as investigações estão sendo usadas como massa de manobra".

"Eu quero que políticos corruptos sejam presos, julgados e condenados, mas eu quero que tudo isso aconteça de forma democrática e que siga os ritos democráticos, a constituição, o código penal brasileiro", explicou o ator.

Recentemente, o juiz federal Sérgio Moro determinou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse levado a prestar depoimento, de maneira coercitiva, na sede da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, São Paulo. A medida foi questionada por juristas, que a consideraram "exagerada" e até mesma "ilegal".

"Me preocupa a Justiça brasileira estar trabalhando sob influência de uma agenda política. Sou a favor das investigações, mas sou mais a favor da democracia. Por uma investigação desprovida de ódio político e pela defesa da democracia do Estado de Direito", afirmou o ator.

Em janeiro deste ano, o ator foi convidado pela presidente Dilma Rousseff a integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como "Conselhão". Segundo informações do portal G1, Moura é visto pelo governo como uma pessoa com “importante trabalho na sociedade” e uma “personalidade que pode contribuir com propostas” para o conselho.

O conselho foi criado no governo Lula, como uma sinalização de que manteria contato com a sociedade civil organizada e a iniciativa privada.

P U B L I C I D A D E

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