Um protótipo do aplicativo Salve Maria – ferramenta que vai auxiliar a polícia no combate ao feminicídio no Piauí – foi apresentado, nessa quarta-feira (11), à governadora em exercício, Margarete Coelho, durante reunião no Salão Azul do Palácio de Karnak. O “app”, nome bastante usado na internet para designar aplicativos de celulares, foi apresentado por uma equipe da Agência de Tecnologia da Informação (ATI), formada pelo diretor-técnico David Amaral e os analistas de suporte Carlos Júnior e Juniel Alves.
Assim que lançado, o Salve Maria poderá ser baixado diretamente no celular. “Hoje, nós conhecemos um protótipo do que será o Salve Maria, que consiste em um aplicativo que poderá ser baixado nos celulares e a vítima ou o homem ou alguém que perceba uma situação de violência contra a mulher, por meio desse aplicativo, mobiliza o aparato policial mais próximo que tiver, então a viatura já se dirige ao local de onde foi enviada a denúncia", conta Margarete.
As denúncias serão realizadas de forma anônima. O Salve Maria contará com duas formas de denúncia, o botão do pânico será uma delas. “O botão do pânico é para caso de extrema urgência. Se a pessoa estiver sendo agredida, ela aperta [o botão no aplicativo] e é enviada a mensagem para as autoridades com o local onde a vítima se encontra”, explica Carlos Júnior, analista de suporte que trabalha no desenvolvimento do projeto.
A segunda opção de denúncia é mais descritiva e poderá receber anexos. “Tem também a denúncia que pode ser feita pela própria vítima, por alguém da família, vizinhos ou até alguém que não conheça quem está sendo agredida, mas tenha visto o caso. Essa pessoa pode denunciar anonimamente e enviar dados sobre o que estiver acontecendo, seja sobre a vítima, sobre o agressor ou uma localização, horário, pode anexar ainda áudio, vídeos ou fotos para ajudar a polícia a impedir o crime”, completa Júnior.
A equipe da Agência de Tecnologia ainda receberá mais informações da Secretaria de Estado da Segurança para incorporar e aperfeiçoar o aplicativo. “É dizer quem vai receber a informação, de que forma e como ela será mensurada, essas inferências cabem a nós da Segurança Pública repassar à ATI para que possamos avançar”, comenta a diretora de Gestão Interna da secretaria, delegada Eugênia Villa.
Presentes à reunião, também, o secretário da Segurança, Fábio Abreu; a delegada Anamelka Cadena e o delegado João Marcelo.
Feminicídio
Com origem no generocídio, o feminicídio é um termo de crime de ódio, no caso, o assassinato de mulheres. Agressões físicas ou psicológicas como abuso ou assédio sexual, estupro, tortura, mutilação genital, negação de alimentos e maternidade, cárcere privado, espancamentos, entre outras formas de violência que provoquem a morte da mulher, podem configurar o feminicídio.
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