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Sistema prisional do Piauí entra em alerta após série de chacinas

As chacinas ocorridas nos presídios do Amazonas e Roraima, segundo os governos dos Estados, foram provocados por reações de facções criminosas.

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As chacinas ocorridas durante rebeliões nos presídios de Manaus e Roraima têm deixado o sistema prisional do país em alerta. No Piauí, a secretaria Estadual de Justiça afirma que está reforçando a segurança nos presídios para evitar episódios semelhantes no Estado.

De acordo com levantamento divulgado neste sábado (7) pelo O Globo, o Piauí integra um grupo de cinco Estados localizados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país que tem classificação tensa na rotina nos presídios.

O secretário estadual de Justiça, Daniel Oliveira Valente, disse ao Cidadeverde.com que, nas últimas semanas, foi aumentado o número de vistorias e o Governo comprou folgas dos agentes penitenciários para robustecer os plantões.

"Aqui estamos adotando providências no sentido de reforçar as guardas e também fazendo monitoramento no setor de inteligência. Consideramos a situação estável, na medida do possível. Porém, diante de qualquer informação de risco, imediatamente adotaremos protocolo de segurança", declarou o secretário Daniel Oliveira.

As chacinas ocorridas nos presídios do Amazonas e Roraima, segundo os governos dos Estados, foram provocados por reações de facções criminosas. O secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, destacou que é preciso estar em alerta devido à presença de membros de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) em presídios do Piauí.

"Nós já estamos trabalhando há um bom tempo, já nos reunimos com o governador Wellington Dias, porque queremos prevenir e temos conseguido esse controle. Nosso Estado tem alguns membros dessas facções. É algo que às vezes é incontrolável, porque eles se planejam, mas no Piauí estamos acompanhando e tomando medidas para conter", disse o secretário.

Superlotação contribui para rebeliões

O diretor jurídico do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, defende que a "omissão estatal fez com que as facções criminosas  tomassem de conta dos presídios".

Para Vilobaldo, outro fator responsável por episódios de matança em presídios é a superlotação da população carcerária. De acordo com o Sinpoljuspi, a Casa de Custódia de Teresina, por exemplo, tem o triplo de detentos acima de sua capacidade.

"O Estado deve assumir efetivamente seu papel. No Piauí existem presos ligados ao PCC e ficamos em estado de atenção permanente. Enquanto não for resolvido o problema de superlotação, o sistema prisional estará fragilizado", defende Vilobaldo.

O Sinpoljuspi também critica a estratégia de compra de folgas feita pela Sejus. "A compra de folgas é insuficiente porque os agente já trabalham em situação precária.  Para se ter uma ideia, são escalados 12 agentes por plantão na Casa de Custódia, que tem 970 presos. É uma situação insuportável de carga de trabalho", declarou.  

Por fim, o Sindicato  pede uma definição quanto ao concurso para agente penitenciários promovido no ano passado pela Sejus. O certame foi suspenso diante de suspeitas de fraudes.

P U B L I C I D A D E 

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