Iniciou nesta terça-feira (06) a greve nacional por tempo indeterminada dos bancários. A categoria está parada em todo o Brasil reivindicando reajuste salarial, contratação de novos funcionários e melhores condições de trabalho. O GP1 conversou com o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéia Passos, que falou sobre o movimento grevista.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste de 6,20%, que foi rejeitada pelos trabalhadores. “Essa proposta não cobre sequer a inflação. Nossa proposta é de um reajuste de 14.78% sendo que 9,78% corresponde a inflação e 5% ao ganho real. O banco é um setor altamente lucrativo, embora o país possa estar em crise, os bancos não estão”, declarou o presidente.
Ainda segundo o sindicalista, no último ano, cerca de 10 mil bancários saíram dos seus postos de trabalho, seja por demissão ou aposentadoria, e a categoria exige essa reposição. “Estamos pedindo essa reposição para atender melhor as pessoas, pois hoje tudo se resolve em banco. A outra coisa é a qualidade de trabalho, queremos condições melhores. O que se vê na agência são bancários estressados, com jornada de trabalho excessiva e uma quantidade de pessoas para atender acima da média”, apontou.
Arimatéia Passos falou sobre os ônus da greve. “Na primeira semana ainda vai ter bastante dinheiro nos caixas eletrônicos, mas a partir da segunda semana as pessoas vão sentir mais falta porque não vai ter funcionário para repor. Contudo, estamos esperando a qualquer momento os dirigentes chamarem para uma nova negociação”, pontuou.
Em Teresina, a população já sente o impacto da paralisação. Francisco Paulo, que compareceu nesta manhã para resolver uma questão do seu FGTS, não conseguiu atendimento. “Preciso de uma liberação do banco para meu FGTS que só pode ser feita no atendimento lá dentro. Vou aguardar até o horário, pra ver se tenho acesso, mas acredito que o atendimento não vai acontecer”, afirmou.
P U B L I C I D A D E
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BRUNNO SUÊNIO e THAIS GUIMARÃES/GP1
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