Os bancários do Piauí podem deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (06) após não terem suas reivindicações atendidas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com que se reuniram no último dia 30. Nos últimos meses, a categoria vem tentando conseguir um reajuste da ordem de 14,97% no salário, o que representa um aumento real de 5%. No entanto, segundo o Sindicato, a Fenaban oferece apenas 6,5% do que é pedido.
Diante do impasse, o Sindicato realizará uma assembleia amanhã (02) em sua sede, onde vai ser discutida a abertura de um indicativo de greve para a próxima semana. Caso o indicativo seja aprovado, a partir da terça-feira (06), somente os serviços de autoatendimento e compensação estarão disponíveis aos clientes dos bancos. A informação é do secretário-geral do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulysses de Oliveira.
“Nós tivemos uma rodada de negociação com a Fenaban em que só o que recebemos foi uma chuva de ‘nãos’. Se negam a atender as nossas reivindicações e nós não vamos esperar a boa vontade de ninguém, por isso estamos organizando este movimento”, explica.
Além do aumento salarial, os bancários pedem ainda que seja discutida a formulação da Participação dos Lucros e Resultados, alegando que o crescimento das instituições financeiras nos últimos anos não acompanhou a distribuição dos ganhos na mesma proporção; uma discussão sobre a jornada e condições de trabalho nas agências digitais; cumprimento da licença paternidade de 20 dias, conforme legislação aprovada no começo do ano; extensão do prazo do vale-cultura, que encerra sua validade em dezembro próximo.
Outro ponto que está sendo levantado pelo Sindicato diz respeito à segurança dos funcionários das agências bancárias. No Piauí, têm sido constantes os ataques a correspondentes, principalmente no interior, em que, muitas vezes gerentes e bancários são feitos de reféns pelos criminosos na tentativa de fuga. Diante disso, a categoria pede a extensão do atendimento médico e psicológico aos familiares dos bancários vítimas de sequestros e outros delitos, assim como o pagamento dos custos de remédios e das despesas de todos os tratamentos.
O PortalODia.com entrou em contato com a sede da Fenaban, em São Paulo, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
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