A partir de 1º de setembro o preço do botijão de gás de cozinha ficará 7,7% mais caro no Piauí. Em Teresina, o produto que podia ser encontrado por R$ 60, agora passará a custar R$ 65 em alguns revendedores. Segundo a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR), o aumento anunciado pelas distribuidoras será, em média, de 10% e refere-se a ajustes de custos operacionais, bem como os dissídios coletivos que ocorrem regularmente no mês de setembro, como os novos salários das categorias, além da margem de lucro do revendedor.
O gerente de um depósito de gás em Teresina, Filipe Lopes, explica que o reajuste foi de R$ 3,25, mas os proprietários decidiram arredondar o valor para R$ 5, fazendo o preço do botijão saltar para R$ 65. Ele cita que alguns empresários não fazem o repasse desse aumento para os consumidores; contudo, desta vez, a situação será diferente.
“Só este ano, o gás de cozinha já aumentou quatro vezes, mas nós só repassamos dois desses aumentos. Porém, dessa vez, não teremos como segurar e vamos ter que passar para o consumidor. Esse aumento se deve por conta do furo que a Petrobras está tendo e, para tampar o buraco, acaba subindo o preço do produto em todo o País”, disse.
Filipe Lopes ainda conta que os clientes reclamam bastante do aumento, já que o produto teve alta de R$ 20 em apenas um ano e meio. Em alguns casos, os consumidores fazem pesquisas em outros depósitos à procura de menores valores e, quando não encontram, optam por adquirir em vendedores clandestinos.
“Os clientes reclamam imediatamente quando tem um aumento desses e acabam recorrendo aos clandestinos na tentativa de comprar o produto mais barato. Só que têm alguns riscos, porque eles costumam adulterar o botijão, colocando água dentro e isso não é seguro”, pondera.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado Piauí (Sindirgás-PI), Carlos Wellington Nunes Ferreira, fala que esse reajuste ainda está sendo avaliado de acordo com as distribuidoras e que é preciso aguardar, até a próxima semana, para ter a confirmação se o Piauí será incluso nesse aumento.
Reclamações
Quem não gostou muito dessa notícia foi a dona de casa Juraci Nunes, que reclamou dos constantes aumentos que o produto teve no último ano. Para ela, a população fica de mãos atadas diante do reajuste. “A gente não pode fazer nada porque somos obrigados a comprar; senão, não temos como fazer comida. Ou compramos ou temos que voltar a usar o fogão à lenha, porque pagar quase R$ 70 em um botijão de gás é um absurdo”, finaliza.
P U B L I C I D A D E
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