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Pneumologista alerta que tempo seco pode favorecer contágio de Covid-19; veja dicas de cuidados

Meteorologia prevê baixa umidade relativa no ar nos próximos meses no Piauí.

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 Foto: Patrícia Andrade/G1

Uma massa de ar seco, que reduz a umidade relativa do ar, foi detectada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) no Piauí. De acordo com a meteorologista Sônia Feitosa, foi registrado tempo seco, ensolarado e umidade abaixo de 30%.

O tempo seco, além de aumentar o risco de queimadas também pode fazer mal à saúde e facilitar a contaminação pelo novo coronavírus, durante a pandemia da Covid-19. Pensando nisso, o G1 conversou com um pneumologista que deu orientações e cuidados para o período.

"A tendência para os próximos dias e meses é de redução da umidade relativa do ar e aumento da temperatura no período da tarde. Em contrapartida, a temperatura mínima tende a cair, mas só nas madrugadas", explicou meteorologista.

Segundo Sônia Feitosa, o Piauí está registrando uma umidade relativa em torno de 20%. A especialista ressaltou que a situação não está trazendo problemas maiores porque ainda está acontecendo em um intervalo de tempo pequeno. Os menores valores registrados acontecem entre 15 e 16h.

Orientações e cuidados

O presidente da associação piauiense de pneumologia e cirurgia torácica, o médico Braulio Dyego Martins Vieira, alerta que o tempo seco, com baixa umidade do ar, é nocivo ao nosso organismo, provocando “ressecamento" e outros sintomas que podem deixar a porta aberta ao coronavírus.

"Provoca irritação ocular, nasal, dor de garganta, tosse e falta de ar, sobretudo em pacientes com doenças crônicas pulmonares como os asmáticos", informou o médico.

Segundo o pneumologista, as vias áreas podem ficar ressecadas durante esse período, o que reduz os mecanismos de defesa e favorece infecções, como no caso do novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

O médico deu orientações sobre como alguns cuidados que podem ser adotados para amenizar os efeitos do tempo seco:

"É preciso manter-se sempre bem hidratado, umidificar o ambiente através de umidificadores, toalhas molhadas ou recipientes com água. Evitar exercícios físicos ao ar livre nos períodos do dia de menor umidade, entre 10h e 16h", recomendou.

Em caso de irritação ocular ou nasal, o pneumologista recomenda o uso de soro fisiológico para umidificação.

"Se após as medidas citadas o paciente persistir com sintomas como falta de ar e tosse, é necessário procurar o médico especialista para avaliação, porque a baixa umidade pode exacerbar uma doença préexistente e será necessário medicações para estabilização do quadro", finalizou.

Por Júnior Feitosa*, G1 PI

P U B L I C I D A D E

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Da Redação | Valter Lima

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