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CNM aponta motivos para queda na cobertura vacinal em mais de 300 Municípios

Duzentos e trinta e nove Municípios responderam aos questionamentos da CNM.

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Levantamento para analisar motivos da queda na cobertura vacinal no Brasil foi divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta quinta-feira, 20 de setembro. O panorama indica a ausência de salas exclusivas de vacinas como um dos principais fatores para a baixa cobertura vacinal e o não atendimento da meta de imunização de 312 Municípios no ano passado. Os dados ganharam destaque em matéria do jornal O Globo, divulgada com o título Falta de estrutura e desabastecimento atrapalham metas.

Duzentos e trinta e nove Municípios responderam aos questionamentos da CNM. Deles, 34,9% sinalizaram falta de salas exclusivas conforme determinam as normas sanitárias. Mais da metade, ou 54,3%, afirmaram ter dificuldades para preencher o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), base central monitorada pelo Ministério da Saúde. “É a queixa mais destacada pelos gestores locais. Não por acaso, 45,6% responderam que consideram os dados oficiais pouco confiáveis”, aponta o estudo.

Além dos problemas apontados acima, também estão na lista das dificuldades enfrentadas pelos governos locais a disponibilidade de recursos humanos, de insumos e materiais e, principalmente, a falta de assistência próxima ao cidadão, dificultando o vínculo das famílias com os serviços de saúde. “É Fato que as respostas mais frequentes destacadas refletem as situações reais dos Municípios”, aponta o mapeamento.

Espaço
Na maioria dos pesquisados, o espaço destinado para a atividade é considerado área semicrítica, em referência às regras apresentadas pelo Manual de Normas e Procedimentos para a Vacinação do Ministério da Saúde (MS). E o armazenamento das doses deve atender uma série de especificações de segurança. “A estrutura precária coloca em risco o sucesso das campanhas, do acesso seguro a vacinação ao longo do ano e a saúde de quem trabalha”, aponta o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Aroldi reforça que, segundo os dados coletados, não existe uma causa principal da baixa cobertura verificada no país. E os impedimentos vão deste a estrutura física até a distribuição das vacinas. “Não há falta de vacinas propriamente. Mas um conjunto de dificuldades para que elas cheguem a todas as salas de vacinação, que precisam ter estrutura adequada”, afirma Aroldi. Tanto que nos dois últimos anos, nenhum Município declarou ter conquistado 100% das vacinas do calendário, cerca de um terço dos mapeados pelo ministério.

Alerta
Uma das piores coberturas de vacinação no período de um ano contra poliomielite alertaram as autoridades públicas para a problemática causada por diversos fatores, inclusive desabastecimento de imunizantes em geral. Nesse aspeto, o estudo menciona a estrutura e a organização do Programa Nacional de Imunização (PNI), que compreende materiais de campanha, distribuição de imunobiológicos, insumos, capacitação em sistemas, entre outros, processos relacionados ao Estado e ao Município.

O presidente da CNM sugere ainda que os motivos podem ter impedido também os poucos mais de 1 mil Municípios de alcançarem a meta de vacinação contra poliomielite e sarampo, deste ano, dentro do prazo da campanha.

P U B L I C I D A D E

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