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Órgãos de saúde criticam cena polêmica de ‘O Outro Lado’ por estimular prática perigosa

No capítulo de 27 de março, a personagem Karina (Malu Rodrigues) descobre que não tem leite suficiente para amamentar seu filho recém-nascido.

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Uma cena da novela O Outro Lado do Paraíso, da TV Globo,tem sido fortemente criticada por mostrar e incentivar uma prática perigosa e que pode transmitir doenças: a amamentação cruzada. Entenda:

Amamentação cruzada em O Outro Lado do Paraíso

No capítulo de 27 de março, a personagem Karina (Malu Rodrigues) descobre que não tem leite suficiente para amamentar seu filho recém-nascido. Então, o psiquiatra Samuel (Eriberto Leão) revela que sua mulher, Suzy (Ellen Rocche), acabou de parir e que tem tanto leite que poderia amamentar sua filha e o bebê de Karina.

Então, outra cena mostra a personagem Nádia (Eliane Giardini) levando a criança para receber leite de Suzy.

A sequência foi criticada por importantes órgãos de saúde, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), por retratar a amamentação cruzada - quando uma mulher amamenta o filho de outra -, prática que oferece risco de transmissão de doenças como AIDS e hepatite.

A SBP ressaltou que a amamentação cruzada é contraindicada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa ação era comum no passado, mas atualmente é sabido que pode prejudicar gravemente a saúde do bebê porque micro-organismos maléficos são transmitidos pela mamada.

Risco para mãe

A lactante adepta à amamentação cruzada também fica exposta a doenças, já que a criança pode infectá-la com possíveis vírus, o que possibilita que ela transmita a doença em questão para seu próprio filho.

Aparências enganam

Mesmo que a mulher que amamente tenha boa aparência e esteja com exames em dia, isso não significa que é saudável, já que algumas doenças demoram para se manifestar.

Já o aleitamento feito pela própria mãe não tem tantos riscos porque transmite anticorpos capazes de proteger o bebê.

O que fazer?

A nota da SBP ressalta que não existe leite materno “fraco”, já que o líquido é essencial para a criança.

Caso a mãe realmente não possar dar de mamar, devido a remédios ou outras causas específicas, há uma alternativa segura: os bancos de leite materno.

Esses estabelecimentos são abastecidos por doações que são analisadas e pasteurizadas, o que anula o risco de transmissão de doenças.

Ainda é possível amamentar pela relactação, técnica em que uma sonda é conectada ao mamilo da mulher e a um recipiente com leite proveniente de bancos, permitindo que o bebê "mame" normalmente e ainda estimule a mama pela sucção.

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