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Professores recusam parcelar reajuste do piso e deflagram greve no Piauí

Início do período letivo estava marcado para ocorrer na próxima segunda-feira, dia 13, mas deve ser adiado caso não haja um consenso entre o Governo e o sindicato.

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Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (10), os professores da rede estadual decidiram não iniciar o período letivo até que o Governo do Estado retome as negociações sobre o pagamento da segunda parcela do reajuste salarial da categoria, que foi escalonado em duas vezes. O início das aulas deveria ocorrer na próxima segunda-feira, dia 13 de fevereiro.

O reajuste total acertado foi de 7,64%. Em janeiro o Governo repassou 4% aos trabalhadores, e pretende liberar os 3,64% restantes apenas a partir do mês de julho, sem o pagamento do retroativo.

Os professores, por sua vez, querem que a segunda parcela do reajuste seja antecipada para um mês mais próximo - como maio, abril ou março - e exigem o pagamento dos valores retroativos.

Segundo o sindicato, o escalonamento do reajuste foi uma "imposição" do Governo, que também estaria descumprindo o Plano de Cargos, Carreira e Salários, ao deixar de realizar as mudanças de classe e de nível dos professores.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) afirma que a categoria já sofreu um grande prejuízo com o aumento da alíquota da Previdência, de 11% para 14%. "O governo disse que ia haver uma compensação e não teve. Em janeiro já foi descontado nos contracheques esses 14%, com o compromisso de que o governo daria 3% a mais de reajuste, o que não ocorreu", afirma Kassyus Lages, secretário de Comunicação do Sinte.

O dirigente sindical afirma que os trabalhadores da educação sofrem um arrocho salarial, e cita ainda o aumento de 13% no valor descontado pelo plano de saúde do Iaspi (Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Piauí).

O Sinte também denuncia a escassez de pessoal, e chama a atenção para a necessidade de se realizar um novo concurso público com urgência.

"Não há professores nem profissionais do setor administrativo suficientes para assegurar um ensino de qualidade na rede estadual. Tem escola funcionando com 100% de pessoas contratadas. Se não tiver concurso público daqui a um tempo a Previdência do Estado não vai ter mais nem fonte de receita, porque os contratados contribuem é para o INSS", ressalta Kassyus Lages.

Segundo o sindicato, a situação dos profissionais do setor administrativo é ainda pior, pois eles receberam reajustes apenas para atingir o salário mínimo.

A partir de segunda-feira os professores vão realizar atos de repúdio ao Governo em diversas escolas públicas da cidade.

A rede estadual possui 18 mil professores ativos e cerca de 12 mil inativos.

Por: Cícero Portela

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